Recomendações | Uma envolvente que convida à descoberta
O Moinho do Avô Tó situa-se na Zona Centro de Portugal, o que o torna num ótimo ponto de partida para conhecer várias regiões, cidades e pontos de interesse próximos. O património natural, histórico e cultural de Rio Maior é a garantia de algo sempre novo por descobrir.
Estas são algumas recomendações do que aqui pode encontrar.
Marinhas de Sal de Rio Maior
Consideradas únicas no género a nível nacional e ainda em exploração, as Salinas Naturais de Rio Maior são um dos principais tesouros patrimoniais da região.
Inseridas no Parque Natural da Serra de Aires e Candeeiros e classificadas como Imóvel de Interesse Público, deste antigo Poço das Marinhas do Sal brota água salgada que abastece 400 talhos, ou compartimentos, e 70 esgoteiros (onde se coloca a água salgada para mais tarde ser distribuída pelos talhos).
A água desta nascente é sete vezes mais salgada que a água do mar, existindo mesmo a teoria que estas salinas tenham sido exploradas por Romanos e Árabes, aquando a sua ocupação da Península. Existem referências a estas salinas desde 1177, nos mais antigos documentos existentes de Rio Maior e a importância do Sal em Rio Maior está até retratada no Brasão da cidade, com duas pirâmides que o simbolizam.
O trabalho nas salinas ocorre somente durante a época estival, quando os habitantes das redondezas descem a encosta da Serra dos Candeeiros, para a milenar labuta do «sal sem mar».
As Marinhas de Sal de Rio Maior, situam-se em pleno sopé da Serra dos Candeeiros, a trinta quilómetros do mar. Rodeadas de árvores e terras de cultivo, são como que uma minúscula aldeia de ruas de pedra e casas de madeira, com lojas de artesanato e produtos locais, um posto de informação e divulgação e instalações sanitárias. Contactando a Cooperativa dos Produtores de Sal de Rio Maior, é possível efetuar visita guiada.
Entre os vários restaurantes e pequenos cafés aqui localizados as nossas recomendações são o Salarium, que fica junto aos tanques das salinas e que serve refeições e tapas regionais, e a Churrasqueira Solar do Sal, que oferece um “famoso” frango assado.
Ruínas Romanas
A Villa Romana aqui existente foi construída no séc. I d.c.. Implantada à beira do rio Maior, constitui o núcleo a partir do qual se estruturou a aldeia, a vila e hoje cidade de Rio Maior.
A Villa Romana de Rio Maior foi descoberta em 1983 pelo Sector de Museus, Património Histórico, Arqueológico e Cultural da Câmara Municipal de Rio Maior, tendo as escavações deste sítio tido início em 1995.
Até ao momento, conhece-se parte da Pars Urbana da Villa, ou seja, a área onde o proprietário vivia com a sua família, faltando pôr a descoberto outras zonas e localizar o templo, bem como os banhos ou termas.
O espólio recolhido no decurso das escavações é sobretudo composto de peças indicadoras do grande luxo e riqueza desta Villa. Foram descobertos fragmentos de, pelo menos, cinco estátuas, uma delas de escala natural, e ainda uma peça quase intacta – a Ninfa Fontenária de Rio Maior.
Dólmen de Alcobertas
O Dólmen de Alcobertas é um monumento funerário megalítico característico do período Neolítico e está entre os dez maiores exemplares da Península Ibérica. É constituído por uma câmara e um pequeno corredor e originalmente todo o conjunto estava coberto de terra, formando uma Mamoa.
No séc. XVIII, o chapéu lítico que cobria a câmara fraturou-se, tendo sido construída a cobertura abobadada que hoje ostenta.
O núcleo inicial do Templo partiu do próprio Dólmen que funcionou como capela desde a sua cristianização no séc. XVI, quando é elevada ao estatuto de Igreja Matriz.
Com o aumento demográfico foi necessário proceder à sua ampliação, no decurso do séc. XVI e de novo no séc. XVII, onde se destaca a colocação dos azulejos tipo padrão. Ainda no séc. XVII, o Templo acabou por sofrer uma rotação para a posição que hoje possui.
No segundo quartel do séc. XX foram levadas a cabo mais duas campanhas de obras, no sentido de criar mais espaço para albergar os fiéis, sendo de destacar a total remodelação da capela-mor e do altar e a criação de um novo corpo lateral, aproveitando um edifício paroquial já existente.
Património Etnológico
Na Aldeia de Chãos existe uma associação – Terra Chã – que mantém as tradições e costumes locais. Aqui pode encontrar um restaurante com uma vista panorâmica sobre o vale e gastronomia característica da zona, um centro de tecelagem, um rebanho comunitário (cabras “sapadoras” que limpam os terrenos dos habitantes da aldeia) e produção de queijos.
Esta associação promove passeios e experiências, nomeadamente a possibilidade de ser “pastor por um dia”.
Outros pontos de interesse
Entre o extenso património natural, histórico e arquitetónico da zona, destacamos ainda o Monumento Natural das Pegadas de Dinossáurios de Ourém/Torres Novas (Pegadas da Serra de Aire ou Pedreira do Galinha), o Parque Temático dos Dinossauros da Lourinhã, as igrejas do Gótico Português em Santarém, o Hospital Termal e a Fábrica de Faianças Artísticas Bordallo Pinheiro nas Caldas da Rainha, a Vila Medieval de Óbidos, os Mosteiros de Alcobaça e da Batalha, o Convento de Cristo em Tomar e a Universidade de Coimbra.